Durante as férias escolares, cresce a preocupação com a segurança de crianças e adolescentes na internet. Com mais tempo disponível, o uso de videogames, redes sociais e plataformas de streaming aumenta, expondo-os a perigos como assédio, golpes e cyberbullying.
Segundo Tiago Sabino, especialista em segurança cibernética, os riscos mais frequentes incluem o grooming, que é o aliciamento online que pode levar à exploração sexual, além do vazamento de informações pessoais, muitas vezes compartilhadas pelos próprios jovens sem consciência das consequências.
“Os criminosos também utilizam golpes como phishing, enviando mensagens ou e-mails que induzem as vítimas a clicar em links maliciosos, muitas vezes disfarçados de prêmios ou vantagens”, explica Tiago.
Outro problema destacado pelo especialista é o uso excessivo da internet, que pode gerar impactos psicológicos como ansiedade, depressão e isolamento social. Ele ressalta a importância de um diálogo aberto entre pais e filhos. “É fundamental que as crianças sejam orientadas sobre o que é seguro ou não na internet. Elas devem aprender a reconhecer transações suspeitas, proteger seus dados e estar atentas a interações estranhas, principalmente em jogos e redes sociais”, afirma.
Ferramentas de controle parental são recomendadas para monitorar os conteúdos acessados e limitar o tempo online, mas Sabino reforça que a supervisão humana é insubstituível. “Os pais precisam estar atentos aos sinais de que algo não vai bem, como mudanças de comportamento ou isolamento repentino. A tecnologia pode ajudar, mas o acompanhamento próximo é essencial.”